Espumantes ... Por que não?
VINHOS ESPUMANTES
(FRUTADOS, DE BOLHA FINA E PERSISTENTE)
Existem diversos vinhos espumantes, de acordo com as
regiões onde são produzidos: champagne (França),
cava (Catalunha, Espanha) e espumante (Portugal).
Os vinhos espumantes possuem, além das propriedades
organolepticas (aromas e sabores intensos), uma dimensão psicológica de prazer.
É habitual, por exemplo, celebrar-se um aniversário com espumante. É um costume
que tem crescido ao longo dos tempos, sendo hoje parte integrante da cultura
ocidental.
Por tradição o espumante serve-se como aperitivo. É muito
apropriado para este fim pela sua qualidade de abrir o apetite. No entanto, é
provavelmente a melhor escolha para acompanhar, sozinho, uma refeição inteira.
As suas características frescas limpam o palato e fazem com que não se sinta a
intensidade das iguarias, sendo óptima escolha para comidas salgadas, ricas em
untuosidade e com alguma gordura (o leitão à moda da Bairrada é disso um bom
exemplo). Combina também bem com cozinha asiática – sushi e tempura.
O espumante harmoniza muito bem com alguns queijos
cremosos, sobremesas doces, por exemplo, doces regionais portuguesas que tenham
como ingredientes, ovos, gila, açúcar ou canela.
Devem evitar-se vinhos espumantes
com muito gás porque se podem tornar agressivos para o estômago.
A temperatura de consumo deve
situar-se entre os 6º e os 8º e servir-se em flutes próprias.
Temos que ter em conta diferentes
tipos de espumante, mediante a região e o país.
Em Portugal denomina-se Espumantes; em França da região
de Champagne, Champanhe; em França mas fora da região anterior, pode ter a
designação de Vinhos “Mousseux”; Espanha, Cavas e Granvas e em Itália os
“Astis”, Prosecco e Francicorta.
Em Portugal, temos espumantes tintos, brancos ou rosados,
mediante a sua cor, castas utilizadas e tempo de contacto com as películas
(casca). Devido a isso os espumantes podem ser mais estruturados em sabor do
que outros. Os espumantes da região da Bairrada são espumante mais
estruturados, com sabores mais fortes para que possa “combater” a iguaria que
está associada à região, o Leitão da Bairrada. Se beber esse espumante sem ser
com leitão vai achar algo pesado, isto é, mais forte, alcoólico e intenso,
sendo também menos apetecível.
Quanto aos espumantes tintos, são agradáveis para
acompanhar iguarias e não tanto para aperitivo. São vinhos com alguma estrutura
e gás intenso, necessitando de comidas mais condimentadas.
Quantos aos espumantes de outras regiões portuguesas, são
mais leves, frescos, tendo em conta as castas utilizadas.
O Champanhe é um espumante francês da região de
“Champagne”. Só os vinhos espumantes desta região têm a designação referida. As
castas utilizada são seis, sendo no entanto três as mais conhecidas: Chardonnay
que dá elegância; Pinot Noir estrutura e Pinot Meunier que dá volume. As
castas Pinot Noir e Pinot Meunier são castas tintas. Podem existir diferentes
tipos de champanhes, mediante a sua idade ou tipo de casta utilizada. A
designação “Blanc des Blancs”, é um
champanhe exclusivamente da casa “Chardonnay”.
Em Espanha temos os Cavas,da região da Catalunha. Em
Itália os espumantes da casta “Moscato”, elegidos como “Astis”.
Além dos diferentes países produtores de espumantes,
temos que ter em conta os métodos de produção. São métodos que diferenciam os
espumantes ao nível de qualidade e preço.
O método mais utilizado nos espumantes é o método
clássico, em que a segunda fermentação se dá na garrafa. Os outros métodos são
mais “industrializados. A segunda fermentação ocorre em tanques ou ou ao vinho
é adicionado gás carbónico, tendo o Nome de vinhos espumosos ou frizantes.
Estes últimos se de menor qualidade e a preços muito acessíveis.
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