Aprender a entender o vinho: Dicas fáceis para apreciar um vinho ... de forma descontraida como deve ser!

Propomos uma serie de dicas para que possa entender o vinho e acima de tudo tirar prazer desta experiência.

Provoque os sentidos, descontrai-se e divirta-se.

1. Escolha o vinho da garrafeira que tem em casa. Caso pretenda algum vinho, pode ver as

adquira os vinhos nas garrafeiras online que entregam na sua casa. (caso seja possível

colocar as garrafeiras que fazem este serviço).

2. Tenha em casa o equipamento aconselhado, desde o saca-rolhas, copos e decanter.

Sente-se confiante? Vamos lá!

3. Procures vinhos recentes pois a intensidade aromática é maior e torna-se mais fácil de

sentir os aromas e sabores, facilitando a prova.

4. Caso pretenda escolher diferentes tipos de vinho para provar, siga esta ordem:

Espumantes, Vinhos brancos, Vinhos Rosés, vinhos brancos de curtimenta, vinhos tintos,

colheitas tardias e licorosos.

5. Se tiver mais de dois copos, utilize. O objectivo é ter a noção da importância do copo na

prova do vinho. Propomos que utilize um copo mais aberto e um copo mais fechado.

6. Tome em atenção as temperaturas de serviço em e consumo dos vinhos em qualquer

situação. (seja em prova ou num restaurante ou em casa)

No caso dos tintos, se não tiver cave de vinhos com temperatura controlada, coloque o

vinho cerca de 3/4 horas antes de servir.

6º/8ºC – vinhos espumantes

8º/10ºC – vinhos brancos

12º/ 14ºC – vinhos brancos com madeira, vinhos de curtimenta ( vinhos laranja)

12º/14ºC – vinhos rosés

14º/16ºC – vinhos tintos jovens

16º/ 18ºC – vinhos tintos

8º/10ºC – colheitas Tardias

10º/12ºC- vinhos Generosos (Porto, Madeira, Carcavelos e Setúbal)

7. Sirva a mesma quantidade em ambos os copos. Não agite ainda! Aproveite e cheire um de

cada vez sem pegar nos copos.

8. Pegue o copo pelo pé, não pela “barriga” do copo. Pois vai aquecer o vinho.

9. Consegue ver uns filamentos em forma de lágrima a descer pelas paredes do copo? Se

sim, chama-se lágrima, da qual podemos avaliar se tem provavelmente mais ou menos

álcool. Se correr lentamente poderemos ter um vinho com mais teor alcoólico. Se for mais

rápida, é o inverso.

10. Agite suavemente o copo num movimento circular (faça o mesmo movimento para os

dois, alternadamente). Estamos a libertar os compostos aromáticos para serem mais

percetíveis ao nariz. Cheire, colocando o nariz dentro do copo (faça para ambos)


11. Quais os aromas que lhes transmite? Lembra aromas de Verão, Primavera? Aromas a fruta

que apanhava da arvore quando era mais jovem? Lembra a casa dos avós? O jardim por

onde passa quando vai trabalhar?

12. Ingira o vinho na boca, “bocheche” e prove.

Nos brancos tente perceber se produz saliva, pois quando mais salivar mais acido

(frescura) se torna o vinho. Procure perceber se mantem os mesmos sabores que

encontrou no aroma.

Nos tintos se sentir a boca encortiçada é devido aos taninos que nos provocam

“Adstringência”.

13. De uma forma descontraída, escreva no caderno:

a. Quando bebia este vinho? No Verão ou Inverno

b. Onde o bebia? Piscina, esplanada, lareira, sofá, à mesa!

c. Com quem?

d. Qual a música que seria agradável de ouvir a degustar este vinho?

e. Quem filme ou Serie para acompanhar este vinho?

f. Qual a comida que servia com este vinho?

g. Qual o copo que gostou mais? Porquê?

14. Faça as notas num caderno e dê uma nota ao vinho. Veja as normas da pontuação da

Revista de Vinhos para servir como guia.

15. Terminou a prova do vinhos mas falta ao exame final: que comida fica bem com este

vinho? Será que melhora com a comida? O normal é o vinho melhorar com a companhia

certa.

Por esse motivo, pode ter de escolher alguns pratos, mas quais? Como sei qual o mais adequado?

Vamos dar algumas linhas orientadoras para que esta parte seja mais fácil e descontraída.

Queremos que partilhe a paixão dos vinhos com a cozinha. Faça aquela receita que tanto queria e

não tinha tempo!

Para vinhos brancos jovens e rosés, frescos e fáceis de degustar pode escolher saladas de

camarão, com queijo ou frango, massa com atum, pasteis de bacalhau ou rissóis de peixe e

camarão. Couscous com legumes grelhados, salada de quinoa com cogumelos podem ser

excelentes.

Vinhos brancos com madeira, estágio em madeira, brancos de curtimenta são escolhas acertadas

para peixes no forno, bacalhau no forno, bacalhau, polvo à lagareiro. Risottos funcionam bem. Se

quiser ser ousado e achar que o vinho que tem estrutura para tal, carnes grelhadas podem

funcionar bem, arroz de pato, empadão de carne, bolonhesa e feijoada vegetariana. Queijos de

pasta mole, leite de vaca ou mistura são fantásticos para a combinação.

Vinhos tintos jovens e frutados, pode escolher carnes grelhadas, lombinho de porco, febras, bife

com molho mostarda. Caso pretenda pratos sem carne, jardineira de legumes ou cogumelos

salteados com massa.

Vinhos tintos encorpados, são ótimos para aqueles assados no forno, perna de peru, lombo de

vaca, que tanto queria fazer e não sabia qual o vinho adequado. Pratos de tacho como feijoadas

ou jardineiras.


Caso tenha tempo e disponibilidade vinhos licorosos com queijos são escolhas acertadas. Vinho do

Porto Ruby, o chocolate é rei. Vinho do Porto Tawny, vinho da Madeira ou Carcavelos, bolo de

laranja, pão de ló e bolos secos funcionam bem. Com Moscatel de Setubal e Favaios, queijos de

pasta mole, leite mistura, bolos com frutos secos são companhias certas.


Pretende-se que a prova seja o mais fácil de entender caso seja um enófilo com pouco

experiência.

Não esqueça que provar vinhos é um prazer e quanto mais descontraído tiver, melhor vai

entender e perceber o vinho.

Boas provas!!

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